De tempos em tempos o homem se obscura
Sobra frieza para muita realidade
Nada justifica essa face imatura
Nada explica tanta maldade
Pessoas são números
Acabou-se a individualidade
Acabaram-se as cidades
Só sobram pensamentos energúmenos
Com meias palavras tudo justificam
Visão vesga, poder distorcido
Os líderes se mitificam
O dom supremo é corroído
A destruição tem alvo certo
A finalidade é como um deserto
Os choros não tem cor de esperança
Esvaem de homens, mulheres e crianças
Ao final sobram órfãos
fome, arraso, desilusão
palavras já são sem sons
falta sentido à solução
Destruição em massa
Qualquer guerra é mundana
Somente com mortes se vê a força
A força da estupidez humana