terça-feira, 30 de novembro de 2010

Guerra

De tempos em tempos o homem se obscura


Sobra frieza para muita realidade


Nada justifica essa face imatura


Nada explica tanta maldade

Pessoas são números


Acabou-se a individualidade


Acabaram-se as cidades


Só sobram pensamentos energúmenos

Com meias palavras tudo justificam


Visão vesga, poder distorcido


Os líderes se mitificam


O dom supremo é corroído

A destruição tem alvo certo


A finalidade é como um deserto


Os choros não tem cor de esperança


Esvaem de homens, mulheres e crianças

Ao final sobram órfãos


fome, arraso, desilusão


palavras já são sem sons


falta sentido à solução

Destruição em massa


Qualquer guerra é mundana


Somente com mortes se vê a força


A força da estupidez humana